A crise financeira que atinge a economia global pode ser "um catalisador para a adoção dos softwares de código aberto". Essa é a opinião de Laurie Wurster, pesquisadora de tecnologia e serviços do Gartner, e que recentemente concluiu um amplo estudo sobre a implementação dos softwares baseados em código aberto dentro das empresas de todo o mundo. No total, o levantamento ouviu 274 companhias distribuídas entre Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Rússia, Alemanha, China, Austrália e Índia.
Em entrevista exclusiva ao IDG Now!, a pesquisadora disse que o atual ambiente econômico exige que as empresas procurem maneiras de reduzir seus custos. E o software livre - que tem a premissa de custar nada ou muito pouco, principalmente quando comparado aos aplicativos "fechados" - é uma maneira eficiente de economizar.
Aliás, o estudo conduzido por Laurie mostra que as empresas já estão usando o código aberto, principalmente nos setores de infra-estrutura de tecnologia e para substituir sistemas operacionais. No caso, 63% das empresas consultadas disseram que estão usando sistemas operacionais abertos no lugar de sistemas fechados, principalmente o Windows. No segmento de softwares de infra-estrutura, essa porcentagem chega a 75%.
"A crise financeira acabou impulsionando a adoção do software de código aberto, assim com a bolha das empresas pontocom incentivou a adoção do Linux", disse a pesquisadora do Gartner. Segundo Laurie, "a primeira leva de adoção do código aberto começou quando a bolha de internet estourou".
Segundo ela, as corporações economizam mesmo quando precisam comprar tecnologias de código aberto. Como exemplo, ela cita o Red Hat Linux, que tem versões pagas e gratuitas. "Mesmo as versões mais sofisticadas do sistema custam mais barato [que o Windows]. No final, o custo total de propriedade acaba sendo menor", disse.
Ela também rebateu o argumento de que é preciso ter profissionais altamente treinados - e que costumam cobrar mais caro por hora de trabalho - para adotar o software livre. "Com certeza (a adoção) não é gratuita... e algum treinamento é sempre necessário", afirmou. Ainda assim, ela acredita que "as companhias conseguem economizar bastante" com as aplicações livres.
Para Laurie, outros fatores além do econômico devem impulsionar a adoção do software livre nos próximos anos. "Muitos administradores de tecnologia se sentem desconfortáveis em ter toda sua estrutura na mão de apenas um fornecedor", disse. "Eles querem recuperar um pouco do controle", e os programas open source são um caminho para isso, no entendimento da pesquisadora.
Além da questão da independência, Laurie acredita que a entrada dos "Millenials" no mercado de trabalho ajudará a aumentar a utilização dos aplicativos abertos. "Esses jovens estão acostumados a trabalhar de uma maneira mais colaborativa, e o software livre permite esse tipo de abordagem."
Que conselho você daria a um usuário Linux iniciante?
O ZDNet publicou um novo artigo esta semana com suas próprias dicas para novos usuários do Linux . Ele começa argumentando que mudar para o desktop Linux "é mais fácil do que você pensa" e "você encontrará ajuda em todos os lugares". (E também que "Você não vai querer apps.") Isso não significa que ele tenha tudo. Por exemplo, não há uma versão do Adobe Photoshop. Há o GIMP (que é tão poderoso quanto o Photoshop), mas para aqueles acostumados ao padrão de fato da Adobe, vocês estão sem sorte. O pior cenário é que você tem que aprender um novo software para atender às suas necessidades gráficas. Ao mesmo tempo, você pode ter que recorrer a um software proprietário. Para puristas de código aberto, isso é um não. Mas para aqueles que só precisam fazer as coisas, você descobrirá que uma mistura de software de código aberto e proprietário lhe dará tudo o que você precisa para ser produtivo e entretido. O artigo também recomenda que novos usuários "eliminem
0 Comentários